Ficou difícil segurar as lágrimas e de não sentir remorso pela vida que vivemos. E ficou mais difícil ainda aceitar que Sean Pen é mais do que um chavista. Neste filme (Into the Wild, 2007), onde um jovem decide abandonar sua identidade para viver no mundo selvagem do Alaska, a estrada é cúmplice desta aventura da independência humana, nessa história que aconteceu de verdade. Emile Hirch, que interpreta o aventureiro Alexander Supertramp, está simplesmente fabuloso, simples e caótico com seu personagem avesso ao consumismo, a “coisas” como ele diz. A sociedade em que ele vive não o baniu, mas ele assim o fez, banindo-se por completo desse mundo perverso que o pariu. Seu coração regurgitava vida pelo selvagem enquanto seu corpo ainda estava a pastar Mcdonalds e conversas sem fundamento. Pra ele era o bastante para a revolução do espírito começar a encontrar espaço. Leva consigo apenas o básico, um barraca, um saco de arroz, uma pistola, e livros de Tolstoi, entre outros. Em sua viagem rumo ao Alasca, encontrou pessoas, que de certa forma, ele modificou, como o casal de hippies e o militar aposentado. Alías é este senhor simpático que rouba a cena de Hirch nos minutos finais do filme. E a melhor coisa do filme é saber que McCandless foi feliz com a sua escolha, mas que desejaria tê-la dividida com as pessoas. Pode até ser, que para ele deve ter sido difícil admitir tamanha contradição, no entanto, jamais tirou o brilho de sua atitude por confessar isto para si mesmo nos momentos finais de vida.
"A felicidade é somente real quando compartilhada"
(Christopher McCandless/AlexanderSupertramp)
"A felicidade é somente real quando compartilhada"
(Christopher McCandless/AlexanderSupertramp)
Nota: 9,5
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