Inteligente. Mas em que categoria ou gênero colocar essa pérola de 2009? Seria um falso documentário? Ficção científica? Ou um falso documentário de ficção científica?
Enfim, Distrito 9, é basicamente uma favela criada para receber uma nave que “quebrou” nos arredores de Johanesburgo, África do Sul. Tantos lugares no mundo para os extraterrestres se instalarem e eles se refugiam logo na África! Essa é a pergunta que a maioria dos africanos se fazem ao serem questionados sobre os novos refugiados (nem tão novos na verdade, já que o filme começa com um documentário sobre os 20 anos do acontecimento). Os moradores reclamam que a criminalidade aumentou desde que as “lagostas” chegaram e que gostariam que eles fossem embora dali. E é essa a missão da Multi-National United (MNU), e de Wikus van der Merwe, encarregados da operação de despejos do Distrito 9. Porém, o primeiro dia da operação acaba por ser desgastante e ineficaz, ainda mais quando Wikus encontra um dispositivo, que sem querer espirra algo em seu corpo. A história nos remete muito a luta ferrenha contra imigrações ilegais, não é?
O diretor Neill Blomcamp, recebeu um empurrãozinho do conterrâneo Peter Jackson para que o filme tomasse forma, e escolheu o ator certo para a história, um completo desconhecido sem estrelismos e cacoetes. Sharlto Copley (Wikus) é simplesmente o coração do filme, e não se consegue imaginar mais ninguém para o papel. Os efeitos especiais também são o ponto alto, os monstrinhos são muito bem feitos e as parafernálias extraterrestres são bem convincentes. Aliás, os estúdios norte-americanos estão até agora se perguntando, como fazer filmaços como esse e também não gastar muito, já que Neill e Peter gastaram o equivalente a 3 vezes menos do que um filme assim exigira se tivesse sido produzido nos EUA.
Nota: 9
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